Ela desabrocha de forma espetacular, exala um cheiro insuportável e desaparece em poucos dias. A Amorphophallus titanum, conhecida como “flor-cadáver”, floresceu no último dia 5 de agosto no Jardim Botânico da Universidade de Varsóvia, na Polônia, e já murchou, surpreendendo até os especialistas pela velocidade do processo.
Conheça a especialista
Andressa Oliveira é arquiteta e urbanista especialista no cultivo de plantas em casa e com experiência em projetos arquitetônicos e de interiores.
Considerada uma das flores mais raras e peculiares do mundo, ela atrai multidões sempre que floresce. Um evento raro que chama atenção não só pelo visual exuberante, mas também pelo inconfundível cheiro de carne podre. Se você nunca ouviu falar dela, ou sempre quis entender esse fenômeno bizarro, veja tudo o que torna essa planta tão excêntrica, e por que ela continua encantando os apaixonados por natureza ao redor do mundo.
O que é a flor-cadáver e por que ela fede tanto?
Originária das florestas tropicais de Sumatra, na Indonésia, a Amorphophallus titanum ganhou o apelido de flor-cadáver por liberar, durante a floração, um forte odor que lembra matéria orgânica em decomposição. Esse cheiro intenso tem função estratégica: atrair insetos polinizadores, como moscas e besouros, que normalmente buscam alimento em ambientes putrefatos.
Além do odor marcante, outro traço impressionante é seu tamanho que pode ultrapassar 3 metros de altura. O florescimento, no entanto, é raro e imprevisível, pode levar entre 5 e 10 anos para ocorrer e, quando acontece, dura de algumas horas a poucos dias. Durante esse breve período, a planta eleva sua temperatura interna para ajudar a espalhar o cheiro no ar, aumentando a chance de atrair os polinizadores certos.
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Por conta dessas características tão incomuns, a flor-cadáver é cultivada em pouquíssimos jardins botânicos ao redor do mundo e virou uma verdadeira celebridade entre cientistas, entusiastas e curiosos que acompanham cada floração como um evento imperdível.
Um espetáculo raro: flor-cadáver floresce e atrai visitantes antes de murchar em poucos dias
A flor-cadáver que floresceu no último dia 5 de agosto de 2025 no Jardim Botânico da Universidade de Varsóvia, na Polônia, chamou atenção não só pelo tamanho, atingindo impressionantes 1,81 m de altura, mas também pela velocidade com que completou seu ciclo. Em apenas dois dias, no dia 7 de agosto, a planta murchou completamente, encerrando mais um capítulo de seu florescimento extraordinário.
De acordo com atualizações do próprio Jardim Botânico, o processo surpreendeu até os pesquisadores. Em uma das publicações, eles comentaram que, apesar da expectativa gerada entre os visitantes, não houve sinais imediatos de que a flor abriria naquela data. Mas, de forma inesperada e silenciosa, a Amorphophallus titanum revelou seu momento de glória durante a noite, quando começou a abrir o espádice (a folha modificada que envolve a inflorescência), um sinal claro de que estava prestes a florescer por completo.
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A instituição ainda destacou que, com base na floração anterior registrada há quatro anos, o processo de abertura total levou cerca de 8 horas, com o espádice permanecendo aberto por apenas 4 a 6 horas. No entanto, o exemplar atual era maior, mais maduro e surpreendentemente rápido. Segundo o próprio jardim, “desta vez, tudo aconteceu mais rápido – e talvez seja justamente isso que torna a natureza tão fascinante”.
Mesmo com o ciclo tão breve, a flor não deixou de exalar seu característico cheiro fétido, que dominou o ambiente por horas. Para muitos visitantes, o desconforto olfativo foi facilmente compensado pela chance de presenciar um evento tão raro. O jardim também publicou imagens do estado da planta já no dia 7, mostrando que o fenômeno, embora fugaz, foi registrado e celebrado.
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Apesar de ser considerada a “mais fedida do mundo”, a flor-cadáver é um fenômeno da natureza que continua a fascinar cientistas e apaixonados por plantas em todo o mundo. Rara, exótica e imponente, ela mostra que até os cheiros mais desagradáveis podem esconder belezas extraordinárias.
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Aqui em Três corações terra do rei Pelé tem um exemplar,