O método 5S nasceu nas fábricas do Japão, mas funciona muito bem dentro de casa. Ele propõe uma forma prática e consciente de organizar, sem excessos ou complicações, mesmo com a rotina puxada. Afinal, arrumar também é uma forma de cuidar: da casa e de quem vive nela. A seguir, veja como aplicar os cinco princípios da organização japonesa no dia a dia, de um jeito simples, funcional e duradouro.
Conheça a especialista
Andressa Oliveira é arquiteta e urbanista especialista no cultivo de plantas em casa e com experiência em projetos arquitetônicos e de interiores.
1. Seiri (Senso de Utilização)

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Livre-se do que não faz sentido manter
O primeiro passo do método 5S é fazer uma espécie de destralhe em casa. Não precisa sair jogando tudo fora, mas é importante separar o que realmente tem utilidade do que está ali só ocupando espaço. Livre-se de itens quebrados, repetidos, vencidos ou que simplesmente não se encaixam mais na sua rotina. Seiri é sobre desapego com critério.
Comece por uma gaveta, uma prateleira ou aquele armário que você evita abrir. Analise item por item. Uma boa dica é usar a regra dos 6 meses: se você não usou algo nesse tempo e não tem planos de uso, talvez não precise mais dele. Isso vale para roupas, utensílios, papéis, brinquedos e até eletros esquecidos. Se não serve, não faz sentido ou só traz bagunça visual, é hora de agradecer e seguir em frente.
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2. Seiton (Senso de Ordenação)
Tudo deve ter seu lugar certo
Depois de decidir o que fica, é hora de organizar. O Seiton convida a repensar onde e como os objetos são guardados. A ideia é simples: tudo deve ter um lugar definido, e esse lugar deve fazer sentido no uso do dia a dia. Itens de uso frequente devem estar acessíveis. O que é eventual, pode ficar em prateleiras mais altas ou caixas etiquetadas. Isso reduz o tempo gasto procurando coisas e ajuda a manter a casa mais funcional e agradável de viver.
3. Seisō (Senso de Limpeza)

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Limpar é parte da organização
Não adianta só arrumar, manter tudo limpo também faz parte. O Seisō é o senso de limpeza e vai além da faxina de fim de semana. Ele propõe criar uma rotina simples, mas frequente, de cuidados com a casa. Esse tipo de manutenção previne o acúmulo de sujeira e prolonga a sensação de bem-estar. Além disso, ambientes limpos são mais agradáveis, funcionam melhor e ainda ajudam a manter o restante da organização em dia.
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4. Seiketsu (Senso de Padronização)
Crie hábitos que mantenham a ordem
Organizar uma vez só não resolve. O Seiketsu convida a transformar pequenas atitudes em rotina: como a ideia de “usou, guardou”. Padronizar significa definir e repetir ações simples que ajudam a casa a funcionar melhor no dia a dia. Isso não quer dizer que tudo precisa ser milimetricamente planejado. Mas manter uma lógica, como usar os mesmos tipos de potes ou separar os objetos por categoria, facilita, e muito.
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5. Shitsuke (Senso de Disciplina)
Organizar é uma decisão diária
O último passo é o que sustenta todos os outros: disciplina. Shitsuke fala sobre constância. É lembrar que manter a casa organizada é um processo, não um evento isolado. Às vezes, a bagunça vai aparecer, e está tudo bem. O importante é ter um ponto de retorno.
Rever os espaços de tempos em tempos e incluir a família nos cuidados faz parte dessa etapa. Mais importante do que seguir o método à risca é adaptá-lo ao que funciona na sua casa. Se algo não está sendo mantido, talvez precise ser simplificado. Quando o hábito se forma, a organização deixa de ser uma tarefa e vira parte natural da rotina.
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Manter a casa organizada com o método 5S não é sobre rigidez, e sim sobre equilíbrio. Cada passo ajuda a deixar o dia a dia mais fluido, com menos trabalho e mais bem-estar. Aproveite para ver mais dicas sobre como dividir as tarefas da casa e não sobrecarregar ninguém no dia a dia.
Só se for nas fábricas, porque no dia a dia. Nas moradias japonesas, a bagunça reina! kkkk. Japones tem mania de guardar cacarecos porque acham que um dia irão utilizar. Experiência de 20 durante minha estadia no Japão.
Não é bem assim. Tem japoneses extremamente organizados e outros extremamente desorganizados. Veja o Baianos por exemplo: casas que são exemplo de limpeza, com munheres na cozinha cobrindo os cabelos e outros, em compensação. A generalização é sempre injusta.
Japoneses devem sim guardar objetos pois sofreram com a guerra, são muito criativos e gostam de coisas pequenas, e suas casas são pequenas, então juntam tudo em caixas e armarios e gavetas pra quem sabe usar depois, amontoando, acho que a Especialista q morou no Japao tem razão, devem ser acumuladores em geral
Mas “o que que a baiana tem” a ver com isso?