Tipos de orquídeas: conheça 23 espécies para decorar sua casa

FÁTIMA PEREIRA DE MELO


Atualizado em 11.04.24

A orquídea se popularizou graças à beleza de suas flores e hoje é comum que muitas pessoas cultivem essa planta em casa. Como ela faz parte de uma das maiores famílias de plantas existentes, a Orchidaceae, existem mais de 30 mil tipos de orquídeas espalhadas pelos continentes, com exceção da Antártida. Veja, agora, os principais tipos e como cuidar dessa planta!

Como cultivar orquídeas

Quem decide cultivar orquídeas precisa cuidar bem delas para que cresçam e embelezem o ambiente com lindas flores. Os cuidados podem variar de acordo com o gênero cultivado, mas, em geral, elas são fáceis de cuidar. Acompanhe:

Rega

As orquídeas não gostam de excesso de água, então as regas não devem ser frequentes. Geralmente, são feitas de 4 em 4 dias ou uma vez na semana. Para saber se já é hora de regar sua planta, você pode colocar o dedo no substrato e afundá-lo até 2 centímetros para verificar se ele está seco ou molhado. Se estiver seco, você pode regar a orquídea novamente.

Iluminação

Se a orquídea receber sol demais, ela pode queimar. Por isso, o ideal é deixá-la em um local de meia-sombra, para que ela receba luz direta somente em uma parte do dia ou receba a iluminação de forma indireta.

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Adubação

Pode ser feita com produtos orgânicos ou inorgânicos. O NPK próprio para orquídeas é bastante utilizado, sendo que você deve comprar o mais adequado para a fase em que sua planta se encontra e aplicar a quantidade indicada pelo fabricante. Caso você prefira adubos orgânicos, pode utilizar farinha de osso e torta de mamona combinadas. A adubação não deve ser frequente, podendo ser feita de 2 em 2 meses.

Vaso

Os melhores vasos para as orquídeas são os de barro, porque eles drenam mais a água do que os exemplares feitos de outros materiais. Se você cultivar a orquídea em um vaso de plástico, por exemplo, precisa tomar cuidado com a rega para não acabar encharcando a planta.

Mudança de vaso

Quando a base de sua orquídea estiver muito próxima da boca do vaso, significa que é hora de fazer uma mudança. Escolha um vaso em que ela fique, pelo menos, cerca de 2 dedos abaixo do limite do vaso e coloque pedras no fundo para melhorar a drenagem da água. Depois, adicione terra e chips de fibras de coco ou musgo lavado para receber a planta.

Poda

Deve ser realizada sempre que a orquídea estiver com flores e folhas murchas, mas é preciso esperar que as flores morram antes de cortar a planta. As folhas devem ser cortadas bem rentes ao pseudobulbo com uma tesoura esterilizada. Já as hastes florais precisam ser retiradas da mesma forma, quando estiverem danificadas. Após a poda, jogue canela em pó na planta para protegê-la de fungos e bactérias.

Pragas comuns

As orquídeas podem ser atingidas por várias pragas, sendo as mais comuns os pulgões, percevejos, cochonilhas, caracóis, lesmas e besouros. Para cada praga, existe um tipo de tratamento. Então, é fundamental saber o que está atingindo sua planta para tratá-la.

Como identificar as espécies de orquídeas

Como existem milhares de gêneros e espécies de orquídeas, é preciso reparar em detalhes para identificar um exemplar da planta. A maneira mais fácil de diferenciá-las é pelas flores e folhas, já que possuem características diferentes de acordo com o tipo de orquídea.

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Caso a orquídea já esteja florida, por exemplo, você pode fazer a identificação pelas flores. Se não, é possível reconhecer pelas folhas. Primeiro, você deve reparar em aspectos como cor, formato, distribuição e espessura. Depois, é preciso comparar esses dados com as características de cada espécie para descobrir qual é a sua orquídea.

Principais tipos de orquídeas

Agora, para te ajudar a identificar espécies e decidir qual orquídea cultivar em sua casa, vamos apresentar as características dos 5 principais tipos. Confira:

Orquídeas Phalaenopsis

As orquídeas do gênero Phalaenopsis são as mais populares no Brasil, apesar de serem nativas de vários países da Ásia, como Filipinas, China e Índia. São conhecidas também como orquídeas borboletas, devido ao formato de suas flores. Além da Phalaenopsis comum, que pode atingir 1 metro de altura, existem as mini, que possuem no máximo 30 centímetros. Veja mais sobre 4 espécies do gênero:

Phalaenopsis amabilis

É uma orquídea de porte médio que pode atingir até 50 centímetros. Bem comum no Brasil, suas folhas têm coloração verde oliva e suas flores são brancas, nascem no verão e podem ficar abertas por até 60 dias. Nessa época do ano, observe o substrato com frequência, pois a rega deve ser feita de 3 a 4 vezes na semana. Essa espécie é epífita, mas também pode ser cultivada em vasos de barros.

Phalaenopsis schilleriana

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Nativa das Filipinas, a Phalaenopsis schilleriana também possui porte médio e pode atingir 50 centímetros. Suas flores rosas e roxas são lindíssimas e perfumadas, enquanto as folhas possuem coloração verde escura. As flores aparecem na primavera e verão e, geralmente, duram até 4 semanas.

Phalaenopsis violacea

Originária da Sumatra, a espécie violacea gosta de viver em árvores, mas também pode ser cultivada em vasos. Suas principais características são o formato pontudo de suas pétalas, a cor violeta de suas flores, seu perfume forte e suas folhas verdes largas. Apesar de o exemplar mais comum ser roxo, possui variações que dão flores brancas e azuis. Ela é pequena e geralmente atinge, no máximo, 35 centímetros de altura.

Phalaenopsis equestris

Essa espécie é das Filipinas e Taiwan e tem porte pequeno, podendo medir até 30 centímetros de altura. Suas flores também são pequenas, medindo entre 1,5 e 3 cm de diâmetro. Ela dá várias flores na primavera e no outono, que são roxas com detalhes na cor branca. Assim como outras espécies de Phalaenopsis, a rega da equestris deve ser mais frequente no verão.

Orquídeas Cattleya

O gênero da Cattleya é outro bastante popular no Brasil, principalmente porque é nativo do continente americano e pode ser encontrado facilmente do México à América do Sul. As flores desse gênero costumam ser grandes, perfumadas e muito bonitas.

Cattleya intermedia

É uma das orquídeas mais populares do Brasil, pois é nativa do país, mais especificamente do litoral do Rio Grande do Sul até o do Rio de Janeiro. Possui esse nome devido ao seu porte intermediário, de 30 a 50 centímetros. Suas flores perfumadas podem ser encontradas em cores como roxo, branco e tons azulados. Para se desenvolver bem, ela não pode tomar sol direto e deve ser regada com frequência.

Cattleya labiata

Também nativa do Brasil, a labiata é bastante popular no país. É conhecida como a rainha do Nordeste ou do sertão, pois foi encontrada inicialmente em Pernambuco e é igualmente comum no Ceará, Sergipe, Paraíba e Bahia. Floresce no verão e outono e suas principais características são flores lilases, perfumadas e grandes. A flor dessa Cattleya pode atingir até 25 centímetros de diâmetro.

Cattleya purpurata

A purpurata também é uma espécie brasileira, encontrada no Sul e Sudeste do país. É conhecida por sua flor grande, branca e púrpura, que pode atingir até 13 centímetros de diâmetro. As flores características aparecem no verão e duram cerca de 15 dias. A Cattleya purpurata pode atingir 60 centímetros de altura e, no inverno, as regas devem ser menos frequentes.

Cattleya luteola

Essa não é uma orquídea de cultivo tão fácil, porque ela gosta de temperaturas entre 18 e 25°C para florescer. Porém, quando é criada no ambiente adequado, dá lindas flores amareladas e finas. A luteola tem porte pequeno, atingindo aproximadamente 10 centímetros de altura, e é encontrada na Floresta Amazônica. Por isso, é comum em regiões do Brasil, Peru, Bolívia e Equador.

Orquídeas Paphiopedilum

Nativas da Ásia, principalmente de países como China, Himalaia e Filipinas, as orquídeas do gênero Paphiopedilum são terrestres e têm flores que possuem um formato bem característico. Essas têm um labelo que lembra um sapatinho e, por isso, esse gênero também é conhecido popularmente como orquídea “sapatinho”.

Paphiopedilum leeanum

Essa é uma espécie de híbrido natural, criada no Himalaia e bastante popular no Brasil. Os brasileiros gostaram tanto da leeanum e ela se adaptou tão bem por aqui que é a mais encontrada do gênero Paphiopedilum no país. Ela floresce no inverno, suas flores não são perfumadas e possuem aproximadamente 10 centímetros. O indicado, para todas as Paphiopedilum, é regá-las pelo lado para não acumular água no “sapatinho”.

Paphiopedilum appletonianum

A espécie appletonianum, que é nativa da China, Tailândia e Vietña, impressiona pela beleza de suas flores. Elas não são perfumadas, porém têm pétalas rosas e com detalhes em verde que encantam os apaixonados por orquídeas. Assim como as flores da leeanum, possuem aproximadamente 10 centímetros, e a planta toda tem por volta de 25 centímetros de altura.

Paphiopedilum bellatulum

É encontrada no Brasil, mas essa espécie não é tão comum por aqui. Entre suas principais características, estão o tamanho e a aparência de suas flores. Elas são bem pequenas, com aproximadamente 5 centímetros, e suas pétalas têm um tom claro amarelado e pontos roxos que chamam a atenção de qualquer apaixonado por flores. A bellatulum gosta de água, mas é preciso tomar cuidado para não encharcá-la.

Paphiopedilum insigne

A espécie insigne é a mais famosa do gênero no mundo todo. É nativa de regiões frias da China e da Índia, mas se dá bem em diversos locais, inclusive no Brasil. Apesar de gostar de locais frios, precisa ser protegida de ventos fortes para se desenvolver bem. Suas flores têm aproximadamente 10 centímetros de diâmetro, pétalas com tons de marrom e verde e, ainda, uma sépala com pontos marrons sobre um fundo branco e verde.

Orquídeas Cymbidium

O gênero Cymbidium também é popular no Brasil, sendo bastante encontrado em arranjos e em casas. Essas orquídeas são conhecidas pelo formato do labelo de sua flor, que lembra um barco. Por isso, em certos países, esse gênero é conhecido como “the boat orchid”. Nativa da Ásia e da Austrália, pode ser terrestre ou epífita e deve receber luz forte indireta para crescer.

Cymbidium canaliculatum

A canaliculatum é uma espécie da Austrália que dá flores bem pequenas. Geralmente, elas possuem 4 centímetros de diâmetro, são perfumadas e podem ter cores diferentes, já que há variações dessa espécie. Entretanto, a flor mais conhecida possui pétalas verdes com porções marrons e um labelo branco com pontinhos vermelhos. Assim como acontece com as demais orquídeas desse gênero, as flores da canaliculatum são pendentes.

Cymbidium devonianum

Originária de países como Nepal, Tailândia e Índia, a Cymbidium devonianum é rara aqui na Brasil, mas é bastante utilizada no mundo para fazer híbridos e flores de diferentes cores, como vermelhas, verdes e marrons. Essa espécie floresce entre o outono e inverno, possui pequenas flores – como a canaliculatum – e gera de 15 a 30 flores no período de floração.

Cymbidium aloifolium

A aloifolium pode ser epífita ou litófita (planta que nasce em rochas). Essa espécie possui folhas grossas e impressiona pela coloração de suas flores. Existem variações, mas geralmente possuem pétalas com tons de verde, roxo e labelo roxo e branco. As orquídeas aloifolium também são muito usadas para criar lindos híbridos. Quem opta por essa espécie precisa ficar de olho em caracóis e cochonilhas, pois eles costumam atacar essas plantas.

Cymbidium dayanum

A beleza das flores da Cymbidium dayanum também encanta os apaixonados por orquídeas. Apesar de dar lindas flores, é preciso ter paciência com essa espécie, pois nem sempre ela floresce com facilidade. A dayanum não suporta temperaturas muito baixas, por isso deve ser cultivada em locais com temperatura acima dos 10° durante o ano todo. Essa espécie é natural da Ásia e tem porte médio.

Orquídeas Dendrobium

Com mais de 1500 espécies, o Dendrobium é um dos maiores gêneros de orquídeas. Suas espécies costumam ser epífitas, mas também existem plantas litófitas. O gênero é natural da Ásia e Austrália, mas se adaptou muito bem ao Brasil, porque gosta de climas tropicais. As flores desse grupo aparecem na primavera e no verão. Por isso, precisa de bastante água nessa época e você deve garantir que o substrato esteja sempre úmido.

Dendrobium nobile

Conhecida como “olho de boneca” devido à cor do labelo de sua flor, a nobile é a mais popular do gênero no Brasil. Nativa da Ásia, se adaptou muito bem ao clima brasileiro e tem lindas flores, que geralmente têm 6 centímetros e duram 20 dias. A espécie só floresce uma vez ao ano, mas é bom ficar de olho, pois ela pode florir mais de uma vez no mesmo bulbo.

Dendrobium kingianum

A kingianum é nativa da Austrália, tem porte pequeno e flores bem pequenas, que nascem no inverno. Essas medem aproximadamente 2,5 centímetros de diâmetro, possuem um perfume doce, leve e duram por volta de 25 dias. As flores são pequenas, mas essa espécie pode gerar até 15 flores em uma florada. Quanto à coloração, a mais comum é a rosa, mas elas também podem ser brancas ou azuis.

Dendrobium chrysotoxum

Essa espécie gosta bastante de climas quentes e, por isso, se deu muito bem no Brasil. Chama muita atenção de quem gosta de orquídeas por suas flores amarelas e o tamanho delas, já que são grandes perto da extensão da planta toda. As flores, que aparecem no fim do inverno, medem cerca de 5 centímetros, e a orquídea chrysotoxum tem entre 10 e 30 cm de altura.

Dendrobium victoria-reginae

A victoria-reginae é uma espécie das Filipinas que se destaca dentre as outras orquídeas pela cor azulada e, em certos casos, lilás ou púrpura de suas flores. Além da beleza extraordinária das flores, uma vantagem dessa espécie é que ela pode florir mais de uma vez ao ano. Entretanto, é preciso tomar cuidado com excesso de luz no cultivo, pois essa planta gosta bastante de sombra.

Uma espécie mais linda que a outra, não é mesmo? Para escolher qual cultivar em casa, lembre-se considerar o clima de sua cidade e, é claro, a beleza das flores.

Tipos de orquídeas raras

Dentre as milhares de espécies de orquídeas, existem aquelas que são bastante raras e chamam atenção das pessoas por suas características únicas. Veja 3 espécies de orquídeas raras que você pode cultivar, se estiver disposto a pagar um preço mais elevado.

Paphiopedilum rothschildianum

Natural do Monte Kinabalu, na Malásia, foi descoberta em 1887, mas em 1950 houve uma grande colheita da espécie e ela quase entrou em extinção. Atualmente, nasce em 3 lugares do monte e está protegida no Parque Nacional do Kinabalu. Além de ser rara, é de difícil cultivo, tem crescimento lento e pode demorar até 15 anos para as flores aparecerem. Por isso, ela é vendida por um preço bem elevado.

Fredclarkeara After Dark

Conhecida também como orquídea negra, é o resultado de vários cruzamentos entre espécies de Catasetum, Clowesia e Mormodes. É por isso que suas flores possuem uma coloração única bem escura. Elas são perfumadas e pequenas (têm cerca de 4 centímetros), mas podem aparecer várias delas em uma mesma floração, geralmente durando 7 semanas. A Fredclarkeara After Dark também é de difícil cultivo e possui um preço elevado.

Dendrophylax lindenii

É uma orquídea epífita nativa da Flórida, Cuba e Bahamas. Possui flores bem brancas e uma haste floral tão fina e longa que dá a impressão de que a flor está suspensa nas árvores. Por isso, ficou conhecida como orquídea fantasma. Suas flores, que têm cheiro de maçã, encantam pelo visual exótico. Cultivar essa espécie fora de seu habitat natural é muito complicado, então é difícil encontrar essa orquídea à venda.

Depois de conferir todas essas espécies lindas de orquídeas, não tem como não se apaixonar por alguma! Como o cultivo é relativamente fácil, dá ainda mais vontade de ter uma dessas em casa. E se você não deseja cultivar nenhum dos tipos de orquídeas mostrados aqui, que tal conferir as características da orquídea bambu?

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